domingo, 27 de fevereiro de 2011

Se um cachorro fosse professor

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Com esse vídeo, ou você chora, ou você chora.

Gente, eu não tenho mais coragem de ver esse vídeo. Sério.
Já chorei na primeira vez que vi, acho que em junho do ano passado. Lembro que chorei mais ainda, dessa vez muitos litros, quando vi pela segunda vez, em setembro do ano passado, na época em que estava longe de Aruk (clique aqui se ainda não leu a história dele) tirando a Carteira de Habilitação em outro estado.

Hoje depois que ele se foi, não tenho mais coragem de assistir, porque sei que vou berrar chorando, e meu coração vai latejar de dor. Não sei se aguento isso.

Mas pra quem ainda não viu, vale a pena ver. É simplesmente incrível. Se você não chorar, ou você não tem lágrimas, ou não tem coração.

Aí:



Já tô chorando só de lembrar. Quando será que vai passar, hein? =/

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Top Rotts (01)

Bom, toda sexta (quando eu não esquecer) vou colocar aqui fotos de rottweilers que encontro na internet.
Só me veio a idéia de colocar o nome de cada um depois que eu já tinha escolhido as fotos. Então, a partir do próximo post desse eu coloco os nomes de cada um.

Bom proveito!


























Até a próxima!

O verdadeiro Rottweiler

Primeiro ZTP do Rottweiler no Brasil, realizado em 14/11/2008, pela APRO:
 
 

Esse sim é o verdadeiro Rottweiler, aquele que os criadores sérios tanto zelam, investem e selecionam em seus cruzamentos.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

SRD X Rottweiler

Então... Tem um assunto que desde que eu percebi a importância, vem me incomodando muito.
É a questão desses SRD com pelagem de rott. Não que eles sejam menos merecedores de carinho e atenção, não é isso que estou falando. Estou falando do perigo que eles representam para o puro Rottweiler, enquanto raça.

Perigo em que sentido?
Como todos sabemos, o Rottweiler é uma das raças que tem a pior reputação hoje em dia, e isso é devido principalmente a ataques de cães SRD com pelagem de rottweiler, ou os "rotts genéricos", que, quase sempre, têm desvios de comportamento/temperamento, ou donos que não têm pulso firme para educar, ou não tem nenhuma experiência com cães assim, e criam da forma errada.

É comum ver no orkut pessoas pedindo pra avaliar seu "rott", e quando dizemos que é um SRD, elas ficam nervosas, estressadas, nos xingam, enfim.

Vamos a um exemplo (Obs.: Qualquer semelhança é mera coincidência):

Um rapaz pediu para avaliar seu "rott", no orkut.

Maria: 
"Claro q é rott, só q ele está fora do padrão isso ñ quer dizer q ñ é puro!!!
Q eu saiba quando ñ é puro é porque teve cruza de duas raças diferentes!!!!
ele é lindo!"

Huter Leben:
" Maria,
Permita-me uma correção: 

Ele só será puro se tiver pedigree. Caso tenha, aí sim, será um Rottweiler fora do padrão. 

Agora, se nem pedigree ele tiver, então é um lindo e fantástico SRD, que não o desmerece em nada como amigo e companheiro, que como qualquer outro cão precisa ser bem cuidado e amado pelo dono. Mas isso não o torna um cão de raça pura. 

Abraços!"

Maria:
 "A tá!só pq as minhas ñ tem pedigree elas ñ são rotts????????????"


Huter Leben:
"Infelizmente, é isso mesmo. A sigla SRD não quer dizer apenas que são duas ou mais raças misturadas. É simplesmente um cão SEM RAÇA DEFINIDA, que só pode ser classificado dentro de alguma existente caso tenha o registro. Se um cão tiver pedigree e for fora do Padrão, será um Rottweiler ruim. E se não tiver pedigree, o que atesta a sua pureza? Só cara e cor não quer dizer nada... O MÍNIMO que ele deve ter é o certificado de registro. Depois disso a gente começa a discutir a qualidade e procedência do mesmo (SÓ o pedigree também não assegura qualidade). Mas não tendo nem isso, sorry... É um mero SRD, que deve ser amado e respeitado, diga-se de passagem (eu também tenho os meus "pés-duros"). 

Entonces, um cão, mesmo sendo parecido com alguma raça, SEM pedigree, não é puro. Hoje em dia a única coisa que pode atestar a pureza racial de certos animais (cão, gato, cavalo, boi, etc), é o documento de registro oficial. No caso dos cães, o pedigree reconhecido pela FCI. Se um cão PARECE um Rott, mas não tem o registro, como saberemos se ele não tem um pai, avô ou bisavô que era mestiço de Rottweiler? Um lindo cão, todo dentro do padrão, sem pedigree, não pode ser considerado puro. Pode até ser de pais com pedigree, etc e tal. Mas se ele não foi registrado, como a sua pureza poderá ser garantida? 

Logo, um cão que não tem como atestar a sua pureza, seria o que? Simplesmente um cão SEM RAÇA DEFINIDA (SRD)."

Faz sentido, não?

Se você quer um Rottweiler, porque não compra um Rottweiler? Falta de informação? Use o bom senso e pesquise sobre a raça, seja lá qual for, antes de adquirir um exemplar.
Isso tudo sem falar no suporte que os criadores SÉRIOS dão em caso de displasia, faltas desqualificantes, etc. Coisas que não existem no mundo dos cachorreiros.

Vamos às diferenças, pra ficar mais claro:

Primeiro vamos aos SRD's com pelagem de rottweilers -






 Acham que confundem a cabeça de um leigo? Sinceramente eu não sei. Vamos aos tops:

 Akino von der Lauterbrucke
 Balou vom Silberblick
 Benny Overtaken by darkness
 Force von Waldbach
 Force von Waldbach
Aya von Huter Leben

Ludwig von Mendara



Perceberam a diferença? E aí, você tá a fim de comprar um Rottweiler. Qual você vai escolher?

Até a próxima.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Rottweiler recebe pata mecânica de R$ 19 mil

Agora fiquei impressionado. Já vi pessoas fazerem muitas coisas dignas de admiração por seus animais.
Mas dessa vez, meu queixo encostou no chão. A notícia é de abril/2010, mas pra mim é nova, pois só vi agora.

Blade, um cachorro da raça Rottweiler, sofria de artrite em três patas e mal conseguia andar. Elaine Tilson, de 64 anos, então reuniu todas suas economias e pagou a cirurgia de implantação de uma parta mecânica para seu animal no valor de sete mil libras, cerca de R$ 19 mil.



O cachorro de 7 anos mora com a veterinária em Surrey, na Inglaterra, e foi submetido a uma cirurgia inovadora no mundo animal. Blade passou por ressonância magnética e tomografia computadorizada para que a equipe médica pudesse projetar os ossos da pata, substituídos por implantes metálicos.

Segundo Elaine, Blade agora pode brincar e pegar os jornais pela manhã, como qualquer outro cachorro de estimação.




Impressionante né?
Isso me levou a refletir: A que ponto chegamos como humanos? Criamos dois extremos beeeem distantes.

De um lado, a parte suja, fétida e perversa do homem. Aqueles que não dão a atenção devida a seus animais, abandonam, usam em brigas (de cães, de galos, etc), maltratam, espancam, e até matam, muitas vezes por diversão.

De outro lado, a parte honrosa, digna e exemplar. Como essa senhora. Ela não se importou com o valor da cirurgia, mas se importou com o valor que o seu cão tinha/tem pra ela. Tudo bem que ela pode ser rica e ter condições para tal feito, mas pode também não ser, e mesmo assim fez o que pôde, juntou suas economias e pagou o que o cão precisou. Talvez fosse o dinheiro que ela estava juntando pra comprar um carro novo, uma casa nova, fazer uma viagem que sempre sonhou, ou seja lá o que for.

É raro encontrar pessoas assim. A maioria, mesmo que com condições, se passar por uma situação dessa, ou manda amputar, ou abandona o cão.

Então, fica aqui para refletirmos: Quanto vale a vida do seu animal? A vida de um animal? Quanto vale o amor que eles nos dão, sem pedir nada em troca?
Você abriria mão de um sonho seu pra fazer isso que ela fez?


Até a próxima.


terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Contra fatos, fotos e vídeos não há argumentos!

          Bom gente, agora quero falar sobre um assunto muito repercutido na mídia altualmente: A má fama de cães como Rottweiler e Pit Bulls, assim como as outras raças ditas "perigosas", como o Fila, o Mastim Napolitano, o Doberman, etc.
Nós que lemos um pouco mais sobre as raças, e dedicamos uma parte do nosso tempo para estudar um pouco sobre alguns cães, afirmamos com certeza uma coisa: A maior parte dos ataques vêm de cães mestiços, o que inúmeras vezes leva a desvios de temperamentos de acordo com cada padrão de raça. Qualquer cão que ataca uma pessoa, seja lá pelo que for, a mídia vem com seu sensacionalismo e fala que foi um Pit Bull ou um Rottweiler.

          O Rottweiler, em razão do porte, força e temperamento, não é cão para qualquer um. Deve ser treinado com base no reforço positivo, para atender aos comandos do dono, tornando-se, assim, um companheiro devotado e fiel.

A potência de sua mordedura pode gerar lesões graves e, por isso, acidentes acabam sendo amplamente noticiados. Mas a agressividade sem motivo não é característica dos Rottweilers, podendo se tratar de um desvio genético ou mesmo ser fruto de atitudes erradas do próprio dono.
Assim, cabe aqui a reflexão: qualquer juízo de valor feito com base em notícias e/ou mitos divulgados sobre raças caninas com má fama deve ser avaliado com critério, pois muitos são os fatores a serem considerados em cada caso. Bom senso: esta, sempre, deve ser a regra. Ou pelo menos, deveria ser.

Por isso ratifico a importância de adquirir exemplares de qualquer raça em canis sérios e honestos, onde fazem INCLUSIVE a seleção de temperamento. Temperamento é 50% genética, e 50% criação. Então não podemos deixar de atentar pra nenhum dos dois lados.

Agora chega de procrastinação (hahaha, aprendi essa palavra esses dias) e vamos aos fatos:







Testemunho - Aruk

Aruk era um cão ótimo. Adestrado, obediente, submisso, corajoso e confiante. Estava com 8 meses e 20 dias, tinha 61cm de cernelha e 32Kg. Eu realmente o amava.
De verdade, ele era o meu melhor amigo. Aquele com quem eu brigava e 5 minutos depois ele estava me lambendo abanando o rabo. Aquele que me lambia todo e depois tomava banho de mangueira comigo. Aquele que latia ou até ia pra cima de alguém que chegasse perto de mim, como quem diz: “Ele é meu”. Aquele que fazia a maior festa quando me via depois de apenas 2 horas sem me ver. Aquele que não me julgava quando eu fazia merda. Aquele que com certeza daria sua vida por mim. Qual humano seria tão amigo assim?

Quando adquiri meu cão, eu era leigo, totalmente leigo, sobre rottweilers. Sabia apenas que era uma raça. E terminei adquirindo um. Um que os pais não tinham nada, até porque eu nem sabia que existia displasia, teste de índole, pedigree, e muito menos “cachorreiros”. Assim que adquiri comecei a estudar a raça (coisa que deveria ter feito antes de adquirir). E acabei descobrindo coisas que não queria. Como o fato de que existem sim cachorreiros, e pior que isso, foi de um deles que eu adquiri meu cão.
Resultado: Aruk se foi, terça-feira, 28 de dezembro de 2010, às 15h55min.
Alguns meses antes ele começou mancar muito, às vezes chorava de dor, e tinha vários sinais de displasia. Dava pra ver nitidamente. Depois de pesquisar, ver as possibilidades de cirurgias, e tudo mais, nós descobrimos que aqui por perto não tinha como fazer.
O veterinário falou que o caso dele era um caso extremo, assim como alguns criadores com quem conversei disseram: “Fiquei horrorizado. Nunca vi algo assim”.

Também não tínhamos como dar dois mil reais na época para arcar com transporte, cirurgia, e tudo mais, pra mandá-lo para outro estado pra fazer isso.
Nunca vou esquecer o olhar puro e inocente dele indo até a clínica dentro do carro, me lambendo, sem saber o que estava por vir. Nunca vou esquecer o olhar dele quando ele adormeceu com o sedativo e o olho foi fechando aos poucos, enquanto a respiração ficava mais lenta. Nunca vou esquecer o ultimo abraço, a última lambida, o último latido. Nunca vou esquecer a cena dele morto dentro de um saco, sendo enterrado e as crianças chorando e colocando flores em cima. Ele pagou com a própria vida a ganância do homem, um ser racional (?) que não mede esforços pra ganhar dinheiro à custa de seres indefesos.

Quero alertar e conscientizar quem ler isso aqui, de que esse é um assunto muito delicado e que por isso deve ser levado em consideração. Não é conversa fiada quando os criadores sérios dizem que não vale a pena comprar um Rottweiler por 200, 300, 500 reais.
Não vale mesmo. E eu sou prova viva disso. Pode ser o melhor cão do mundo. Como era o Aruk. Mas mesmo assim, sendo o melhor cão do mundo, ou acaba como o meu, ou não fica como você esperava, ou termina você tendo que gastar um dinheirão com ele. Como quase ninguém faz isso, preferem abandonar os cães, e esse é o motivo de termos os CCZ’s lotados hoje em dia.

Eu sei hoje o esforço que os criadores têm e o quanto se gasta para manter bons Rottweilers com tudo o que é necessário para que as pessoas não passem pelo que passei.
É isso gente. Até hoje dói. E muito. E não sei quando vai passar; ou melhor, não sei se vai passar.
E a você, Aruk, muito obrigado pelos 7 meses de alegria que você me proporcionou enquanto esteve comigo. Os meses que passei ao seu lado foram os melhores meses da minha vida. Onde aprendi o valor de uma verdadeira amizade. De coração. Eu te amo.
Última foto dele, aos 8 meses:


Origem do Rottweiler

          O Rottweiller é mais antigo do que muitos imaginam. Sabe-se que a raça existe há mais de 2.000 anos e descende de molossos do tipo Mastiff. Mais precisamente, o Rottweiler é fruto do cruzamento dos antigos Mastim do Tibet (Mastim Tibetano ou Dogue do Tibet), com cães nativos da região. Até hoje, mesmo depois de mais de 2 milênios, algumas características não aceitas no Padrão do Rottweiler aparecem esporadicamente em filhotes que têm gerações e gerações controladas, como uma mancha branca no peito e a pelagem mais longa (característica do Mastim do Tibet). Esses cães devem ser castrados e afastados da reprodução, mas são a prova viva da força da genética.

Por volta do ano 74 D.C., a XI Legião Romana realizou uma bem sucedida invasão onde é hoje o sul da Alemanha, às margens do Rio Neckar. Nesta incursão, como era normal em tempos desprovidos dos modernos meios de conservação de alimentos, utilizavam cães, cujo trabalho de pastoreio do gado (utilizado como alimento para as tropas), guarda de acampamentos e de prisioneiros era importantíssimo. Atravessar os Alpes com rebanhos era uma tarefa muito difícil e certamente por essa razão teria sido os cães a melhor opção para tão árdua tarefa.

Os Rottweilers surgiram numa cidade conhecida pelos Romanos como Arae Flaviae, importante centro administrativo e social, fundado cerca de dois séculos antes de Cristo. Com a ocupação, a cidade transformou-se e desenvolveu-se ainda mais.

Com o tempo, a cidade ascendeu à condição de vila fortificada e os seus prédios mais importantes foram cobertos de telhas feitas artesanalmente de cor vermelha, por essa razão passou a ser denominada de Rotwill (Vila Vermelha), que com o tempo se alterou para Rottweil, como hoje é conhecida. 


          Entre 250 e 260 D.C., os Romanos foram expulsos dessas paragens por tribos locais, que destruíram os edifícios existentes. Deixados para trás, ficaram alguns cães, que treinados para defender as suas casas até o limite, devem ter morrido. Os poucos sobreviventes foram envolvidos nas atividades de criação de gado e apoio a outros serviços. 
          A vila de Rottweil rapidamente se tornou num próspero centro de mercadorias e centro cultural, atraindo negociantes de gado, fazendeiros e comerciantes em geral, de distâncias consideráveis para ali realizarem os seus negócios. Esses homens notaram desde logo a utilidade e as capacidades dos cães de carniceiro (açougueiro) de Rottweil – Metzgerhund Rottweil – como a raça era na altura conhecida, e começaram a comprá-los.
          Um ou dois cães constituíam uma necessidade, não apenas para auxiliar na condução do gado, mas também para assegurar o regresso com o dinheiro resultante dos negócios, para o qual não existia local mais seguro do que amarrado à coleira dos cães (quem seria o maluco de tentar tirar o dinheiro de lá?). 



          Tudo isso levou a um crescente respeito e interesse pelos cães de açougueiro, razão pela qual os criadores locais começaram a cruzá-lo seletivamente. A origem do nome Rottweiler (cão de Rottweil, em Alemão) tal como conhecemos hoje, deveu-se à necessidade de distinguir os cães que eram considerados de capacidades superiores aos outros do seu tipo existentes na região.
          Nessa altura o Rottweiler era útil para a condução do gado, puxar pequenos carros com tambores de leite e outras pequenas cargas (serviços de tração). Assim continuou até meados do século XVIII, altura em que o Governo Alemão implementava a rede de linhas férreas. A tecnologia trouxe meios mais baratos e rápidos para transportar mercadorias. Foi proibida a condução de gado, como até aí era feita favorecendo o transporte por comboio, ficando o Rottweiler com a sua utilidade muito reduzida.



Uma característica comum à raça é a facilidade e tendência natural em pular, herança do tempo em que era utilizado para pastorear gado, pois tinham que se esquivar de investidas do gado, além de mantê-los reunidos. Por isso o Rottweiler possui uma característica ímpar, que é o "salto lateral", onde o cão salta lateralmente com as quatro patas. Essa esquiva era fundamental para escapar de chifradas e coices do gado. Atualmente, é uma defesa excepcional contra chutes de pessoas, por exemplo. A tendência a saltar ocorre quando o Rottweiler "pastoreia", no dias de hoje, uma criança, um adulto ou outros animais de estimação da casa. Por isso, ele pode, mesmo sem a intenção de machucar, derrubar uma criança pequena ou um idoso, durante seu "pastoreio", com seus pulos. A raça é muito forte para o seu tamanho, um cão adulto pode facilmente derrubar uma pessoa, mesmo durante uma brincadeira. Por isso, não de deve deixá-lo sozinho com crianças muito pequenas (aliás, nenhum cão médio ou grande deve ser deixado só com uma criança pequena) e ter um cuidado maior quando em contato com pessoas muito idosas.

          Com a perda de utilidade, a popularidade do Rottweiler decresceu, ao ponto de no final do século 19 quase ser extinto. Mas em 1882, surge o primeiro registro de um Rottweiler apresentado numa exposição canina, em Heibronn.
          A renovação e o reaparecimento da raça aconteceu no norte da Alemanha, do lado oposto de onde tinha surgido inicialmente, no início do ano de 1900 quando o Rottweiler, devido às suas capacidades e características, despertou a atenção da polícia Alemã. No ano de 1910 foi reconhecido como cão de polícia, tendo desempenhado de forma tão exemplar as suas funções que a própria polícia começou a criação desta raça. Graças às suas qualidades físicas, elevada inteligência, seu caráter firme, temperamento forte e sua coragem frente ao perigo, o Rottweiler se tornou o parceiro ideal para o serviço policial. Foi esta medida a responsável pelo reaparecimento do Rottweiler.



O Primeiro Clube da Raça

O primeiro Clube da Raça foi o Deutcher Rottweiler Klub (DRK), fundado em Heidelberg, em 13 de Janeiro de 1907, levando muitos a considerarem esta localidade como a de surgimento do “moderno” Rottweiler. O DRK era filiado na Associação Alemã de Cães da Polícia e tinha como objetivo principal defender e manter as capacidades da raça com cão de trabalho.

No mesmo ano e devido a desentendimentos internos entre membros do DRK, surge também na Alemanha um novo clube, o Internacional Rottweiler Klub (IRK), estando este mais vocacionado para a beleza da raça como um cão de exposição.

A fusão entre os dois clubes existentes aconteceu no dia 03 de Julho de 1921, formando o Allgemeiner Deutscher Rottweiler Klub (ADRK), com a finalidade de unir esforços para defender os interesses da raça, sendo atualmente o maior clube da raça no mundo, tendo como lema: “Criação de Rottweiler é criação de cães de trabalho”. A ADRK é considerada por todos como a entidade máxima responsável pelo desenvolvimento e conservação das características da raça. 





Com tantas virtudes, o Rottweiler logo conquistou admiradores pelo mundo. Chegou aos Estados Unidos da América ainda na década de 30, sendo reconhecido pelo American Kennel Club em 1935. E conquistou também o mais antigo clube cinófilo do mundo, o The Kennel Club, na Inglaterra, em 1936.

O Rottweiler chega na América em 1928, desembarcando nos E.U.A. Em 1930 nasce a primeira ninhada americana. O AKC reconheceu a raça em 1931.

          No Brasil o Rottweiler só chegou em 1967, trazido da Alemanha para o Rio de Janeiro por Dimiter Petroff. O primeiro exemplar foi um macho chamado Astor von der Wesfallenstube, que não chegou a reproduzir. Mas foi só em 1972, no canil Alcobaça, que nasceu o primeiro exemplar nacional, Aca do Alcobaça. Hoje os mais importantes centros de criação situam-se nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. A região nordeste tem crescido muito em qualidade nos últimos tempos.
          Desde então o Rottweiler foi intensamente importado principalmente da Alemanha, e já foram registrados mais de 200.000 filhotes da raça aqui no Brasil. Só no ano de 1997 foram registrados por aqui 26.000 filhotes, ou seja, de cada 5 filhotes registrados, pelo menos 1 era de Rottweiler. Para controlar e manter a qualidade, estes números são assustadores, pois na Alemanha em 96 anos de existência de Clube foram registrados apenas 108.000 filhotes. Na Alemanha os cães não podem acasalar sem que cumpram um rígido regulamento de criação, e somente os aprovados em todos os quesitos poderão gerar filhotes com pedigree.
          Ser um cão "da moda" tem levado à degeneração da raça no país, o que preocupa criadores e admiradores do Rottweiler. Pois estar "na moda", a raça atrai "fabricantes de cães", de olho no lucro fácil da venda de filhotes, deixando de lado a diretriz fundamental de qualquer criador sério: "Produzir filhotes com qualidade e dentro do Padrão, buscando o aprimoramento da raça".

Mastim do Tibet: cão que deu origem ao Rottweiler











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Dócil, leal, equilibrado, forte, ágil, inteligente e brincalhão. Essas são apenas algumas das palavras que definem o puro Rottweiler. Não é um cão. É "O" cão.
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